Eragon – 1º Livro do Ciclo da Herança
Oi gente
Como foi dito no primeiro post sobre esta saga (vejam aqui) a história ronda a vida de Eragon, após ele ter encontrado o ovo de Saphira.
Eu não vos vou contar a história, eu vou falar do que eu achei do livro, claramente.
Acho que todo o livro está muito bem escrito, começa por explicar a personagem principal, os princípios desta e explica o tipo de vida que leva.
Ele é um jovem bastante cativante, possuidor de um raciocínio bastante lógico, tendo em conta os seus 15 anos, mesmo que neste mundo fictício gente desta idade já tem uma mentalidade mais madura do que o que vemos na nossa sociedade.
Além das boas descrições, todo o livro está feito de modo a levantar intrigas e desconfianças durante toda a narrativa, o que leva o leitor a criar teses e possibilidades para todos os mistérios apresentados.
Desde o modo como apresentam certas personagens, como é o caso de:
Brom, um contador de histórias, que esconde um grande conhecimento sobre os dragões e os Varden (grupo que luta contra a tirania do Rei), mas que a meio do livro se percebe que ele já foi um Cavaleiro do Dragão e que era um membro dos Varden e mesmo assim fica muita coisa no ar sobre o passado desta personagem;
Temos também Murtagh, que aparece meio que caído do céu, todo o seu conhecimento sobre o Império é suspeito, o facto de ele saber proteger a mente com magia e a sua persistência em não querer se aliar a nenhuma dos lados (ao Rei ou aos Varden), depois vem-se a descobrir quem é o pai dele e o porquê de todo o mistério à volta desta personagem;
A Ângela e o seu homem-gato Solembum, são muito interessantes, tanto pelo que dizem a Eragon sobre o seu futuro, pois Ângela “diz” o futuro de Eragon, e Solembum transmite-lhe uma espécie de adivinha, com informações relevantes para ele poder ter sucesso no seu futuro, como pelo facto de estarem sempre no sítio em que acontecimentos importantes se vão dar;
Arya, que apesar de uma Elfa o livro dá-nos a entender que entre a espécie dela ela é especial;
os Gémeos, que se nota logo que há algo neles que não vai bem;
Roran, primo de Eragon, que quando a quinta onde estavam foi atacada e seu pai Garrow, tio de Eragon, morre não estava presente, então levanta-se um grande mistério em relação a que decisões vai esta personagem tomar quando tiver conhecimento destes factos, juntando ainda o desaparecimento do primo.
Há ainda muito mistério à volta de Eragon, quem são os pais dele; pelas habilidades dele, pois mesmo sendo ele um Cavaleiro do Dragão possui evoluções e certas visões que são grandiosas e até desconhecidas para o seu professor; a presença que o visita durante o seu sono de recuperação no final do livro.
Já para não falar do que Ângela lhe disse, uma morte que se aproxima e que será bastante dolorosa para ele, um romance de grande escala e a traição que receberá de alguém da sua família.
Claro que há muitas coisas que já se vai prevendo, como o facto de Brom ter sido um Cavaleiro do Dragão, o que os Gémeos são verdadeiramente (mas que só nos vai ser confirmada no segundo livro da saga).
Em contrapartida, há muita coisa que é bastante difícil de se prever apenas lendo o primeiro livro.
Eu fiz montes de possibilidades sobre Murtagh, nem cheguei perto. Sobre os pais de Eragon nem se fala, eu fiz o maior filme na minha cabeça e quando eu descobri quem eram (só no segundo livro é que vai ser revelado, tal como as coisas sobre Arya e o passado de Brom) não tinha nada a ver com as várias hipóteses que eu tinha criado.
Em relação às palavras sobre o futuro de Eragon, a morte é logo explicada no primeiro livro, o romance penso que vai dar para se perceber muito bem também (apesar de que eu ainda não vi a confirmação explicita na saga, presumo que se encontre no último livro), mas a traição, essa é que é uma verdadeira dor de cabeça.
Além de todo o mistério, temos as aventuras de Eragon e de Saphira, o desenvolvimento deles tanto fisicamente como psicologicamente, o crescimento como Cavaleiro e Dragão, os medos, o modo como os seus raciocínios vão evoluindo e amadurecendo com as dificuldades e as perdas…
As partes do livro que mais me tocaram, pela sua tristeza, pela adrenalina transmitida, pela revolta, ou por outros sentimentos que tenham surgido, foram:
-os primeiros dia de Saphira, aquele começo de interacção entre ela e Eragon, a escolha do seu nome;
-quando a quinta sofre o ataque, sendo que Eragon não estava lá, então a volta dele para a quinta;
-quando ele usa pela primeira vez magia, está muito bem elaborada essa parte;
-quando Brom sofre o seu ferimento, é das partes mais tocantes, a revolta e desespero de Eragon, as últimas palavras e revelações de Brom a Eragon e Saphira e a despedida destes, é muito tocante, acho que este foi o episódio mais emocionante de todo o livro;
-o salvamento da Elfo, e a corrida contra o tempo para irem ter com os Varden, principalmente a última parte, quando estão aos portões a serem perseguidos e mesmo assim os portões não se abrem.
Como disse, a história está feita de modo a enlaçar o leitor de uma forma bastante eficiente.
Tem muita mais coisa interessante no livro, mas como podem ver pela extensão do post, não dá para falar de tudo, até porque mesmo falando tão pouco já fiz um pouco de spoiler.
Então, não deixem de ler, vale a pena. 🙂
“Sé onr sverdar sitja hvass!”
Deixe um comentário