Crime no vicariato – Agatha Christie
Oi gente… 🙂
Mais uma vez, trago-vos a companhia da grande “Duquesa da Morte”, com o Crime no vicariato.
Eu tive uma certa dificuldade em começar a leitura do livro, pois achei as primeiras páginas um tanto para o confusas.
Algo que me acontece bastante é ter dificuldade em fixar nomes, o que se deve ao facto de eu ler rápido demais (por querer muito saber a história) e acabo por não prestar a devida atenção, dificultando no entendimento.
Mas falando do que interessa.
Como não poderia deixar de ser, o livro está muito bom e já não se esperava nada menos, visto que estamos a falar de Agatha Christie.
Todo o livro é um enigma, desde a personalidade meia que ousada de Griselda, à personalidade sombria e misteriosa de Mrs. Lestrange, passando pela filha da vítima, Lettice, basicamente todas as personagens nos prendem a atenção e posso afirmar que quase todas nos provocam suspeitas à cerca delas próprias.
A história é-nos contada pelo vigário Clement, proprietário da casa onde encontraram o cadáver e que acompanha de perto toda a investigação deste crime.
Neste livro temos a agradável companhia de Miss Marple, que aparenta ser uma velhinha dócil, mas com tendência para o mexerico, o que é uma ideia totalmente errada, pois apesar de ela saber tudo, não conta tudo e é uma das grandes personagens que Agatha nos trás como solucionadora do caso em muitas das suas obras.
A história ronda a morte do coronel Protheroe, um homem de quem ninguém gostava na aldeia de St. Mary Mead. Uma pessoa não consegue perceber quem é ou não culpado, havendo um momento em que quase todos passam a ser suspeitos nas nossas cabeças. Mas a pessoa culpada é tão óbvia, que nem pensamos ser ela.
Desde o início eu pensei sempre numa pessoa como a culpada e no fim esta mostrou-se tratar de uma pessoa sonsa e não tão malvada como passava a imagem (não vou dizer quem era :)).
Houve apenas uma coisa que não apreciei neste livro. Foi a imagem que Miss Marple tinha na história. Parecia uma velhinha intrometida, que muita gente achava ser como qualquer outra senhora dessa idade que passa o tempo a ver a vida dos outros. Claro que isso dá outro ar à história, quando no final ela resolve o caso, mas mesmo assim, foi esse aspecto que, até ao momento, me está a fazer preferir os livros com Poirot.
🙂 Como é de prever, aconselho esta leitura, pois acredito que qualquer obra vinda desta grande escritora nunca poderá ser considerada uma perda de tempo.
Beijos e abraços.
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