Brisingr – 3º livro Ciclo da Herança

🙂 Oi gente, hoje venho falar, mais uma vez, das aventuras de Eragon e o seu dragão fêmea Saphira. Atenção que vou falar abertamente sobre acontecimentos no livro, então para quem não gosta de saber antes de ler, é melhor lerem o livro antes de lerem este post (confuso certo? :D).

Bem, como não poderia deixar de ser, eu amei o livro. De momento, tenho a sensação que este é o meu preferido.

Mas vamos falar deste em particular. A história começa com o salvamento da amada de Roran e o período de tempo que Eragon está afastado de Saphira, em consequência do salvamento de Katrina.

À semelhança do 2º livro, Eldest, o livro vai contando a história que acompanha diferentes pessoas. Por exemplo, quando Eragon se mantém afastado de Roran por algum período de tempo, eles contam o que está a acontecer com um e outro. Eu acho isso muito bom. Além disto, neste livro reparei que apesar da história rondar principalmente Eragon, e as suas aventuras, acaba por não colocar totalmente em secundário a vida de outras personagens, como de Roran. Pois, e o facto de haver este esquema de contar os acontecimentos que envolvem cada um deles, faz com que mostre bastante bem o relacionamento de Roran, dando-lhe uma certa importância, que normalmente não se faz sentir quando se tratam de personagens secundárias.

O que mexeu sentimentalmente comigo neste livro?
-Vamos começar pelo grande acontecimento de Eragon descobrir o verdadeiro nome de Sloan (pelo que eu compreendi, todos e tudo tem um verdadeiro nome, por exemplo, quem souber o verdadeiro nome de uma pessoa, tem um controle enorme sobre esta, tal como acontece com os objectos. Então, simplificadamente, pode-se dizer que o verdadeiro nome é como a essência principal de cada um e de cada coisa, como se fosse o seu verdadeiro eu em palavras). Eu achei grandioso pois nunca me ocorreu que Eragon chegasse a algo assim completamente do nada.

-a luta que Eragon tem com Murtagh, juntamente com os soldados que não sentiam dor. Foi dos episódios que mais insegurança trouxe, não só por vermos os Varden a ficarem desmotivados, mas porque para quem estava envolvido na história acaba por ficar igualmente abalado.

-a conversa de Eragon com um doente que se encontrava na tenda dos curandeiros, onde este diz que, durante a batalha, perdeu a visão mas que agora consegue ver “a luz que iluminou a carne do mundo” (basicamente ele perdeu a visão, mas agora ele apenas vê os seres vivos como formato de luz, conseguindo identificar a luz boa ou má, se a pessoa é bondosa ou não e consegue saber também de coisas que nunca tinha ouvido ou visto antes, como o facto de Murtagh ser irmão de Eragon), eu achei tão confuso e misterioso.

-saber da existência do coração dos corações, ou Eldunarí (a consciência de um dragão não está apenas na cabeça, mas também num objecto rígido que estes têm no peito, para onde os dragões podem transferir a alma e expelir o objecto do peito, ou seja, quando o seu corpo físico morre, o dragão continua a existir no Eldunarí, podendo interagir com as pessoas à sua volta, se estas lhe tocarem). Saber que centenas de consciências de dragões ainda estavam disponíveis para passar conhecimento e poder, renova completamente a esperança e dá um maior motivo para ir à luta.

– a espada de Eragon, a descoberta do metal aço-brilhante debaixo da árvore Menoa e o convencerem a Rhunön, a elfa que fez as espadas dos outros Cavaleiros do Dragão, a fazer uma nova espada, apesar do seu juramento. Mas melhor que isso, foi ver como eles orquestraram tudo de modo a que ela não quebrasse o seu juramento e ao mesmo tempo ajudasse Eragon. Mas loucura foi quando a espada está pronta e Eragon lhe dá um nome, Brisingr (fogo na língua antiga) e esta simplesmente irrompe em chamas e não faz isso a não ser que seja Eragon a empunhar esta, é brutal.

-saber que o pai de Eragon era Brom e não Morzan, foi dos momentos mais excitantes do livro. Eu fiquei deliciada com a revelação, consegui perceber perfeitamente a satisfação de Eragon ao ter conhecimento deste facto.

-quando Eragon e Saphira começam a receber imagens do que estava a acontecer com Glaedr e Oromis (o último dragão e o seu cavaleiro livres, além de Eragon, da tirania do rei. Professores de ambos duranta a sua estadia no lar dos elfos), mas depois percebem que o que estão a ver são os últimos momentos de vida dos dois e que quem os está a transmitir é Glaedr, através do seu Eldunarí (ele confiou-o a Eragon e o seu dragão), é muito triste, ver a dor que Glaedr sente ao se aperceber que nunca mais estará com o seu cavaleiro, é esmagador.

Bem, falando agora de coisas futuras, o que eu estou em pulgas para saber?

-o homem da enfermaria, será que representará um papel importante? Ou foi apenas inserido ali por acaso?

–Angela. Esta personagem é tão misteriosa! A cada livro que leio parece que em vez de desmantelar o mistério, faz precisamente o contrário! Estou louca para saber o seu passado.

-o velho Tenga, sozinho naquela torre, envolvido por documentos raros e que procura a resposta para a pergunta (ele não disse qual era a pergunta! Estou indignada.).

-as duas mulheres a quem Angela lê o futuro. Visto que ela só o lê às pessoas para quem Solembum, o homem-gato que acompanha sempre Angela, fala, o que quer dizer que são pessoas especiais e que provavelmente no passado e no futuro foram e serão pessoas importantes para Alagaёsia.

Mas o que eu quero mesmo ver, é Eragon a dar a bofetada na cara de Murtagh quando lhe disser que não é filho de Morzan e sim de Brom! Eu conto em ter esse gostinho!

Não posso deixar passar sem falar, também, do designe da contra capa deste livro. em comparação com os outros, é o único que tem como contra capa uma frase na língua antiga, o livro ficou com um designe mais clean e muito mais bonito (na minha opinião). Apenas fico menos alegre que não tenham optado por fazer algo do género nos outros livros desta saga.

O próximo livro será o último e tendo em conta o mistério que toda a saga foi, o final pode ser qualquer um! Mas o mais interessante, é que quem acompanha a história não está apenas interessado em se Eragon ganhará a Galbatorix, mas também ficamos desejosos de saber o que acontecerá a Roran, Nasuada, Arya, Murtagh, Angela e tantos outros personagens.

Então fiquem bem e
“Sé mor’ranr ono finna.”