Eldest – 2º livro do Ciclo da Herança

Oi gente 🙂

Hoje venho-vos falar de Eldest. Aviso desde já que muito provavelmente vão existir spoilers, pois eu não consigo falar dele sem mencionar certos acontecimentos.

Como já sabem, este é o segundo livro do Ciclo da Herança.
O que digo sobre o livro? Coloco apenas uma questão: onde foram parar os pedacinhos do meu cérebro?

Está muito bom. Para começar, eu não me lembro de ter lido uma história em que uma morte importante e muito drástica acontecça no início. Passo a explicar, no 1º livro acontece uma invasão, ao que os Varden resistem, até aí tudo bem, choram pelos que morreram, curam os feridos e procuram os desaparecidos. No 2º livro era inesperado (pelo menos para mim) que matassem o líder dos Varden. Eu fiquei tão espantada que o meu pensamento foi “o autor fez isto num acto de desespero, ou de modo forçado, para continuar a história”.

Neste momento já não mantenho essa opinião. O que estava a tentar dizer é que a forma como ele conta a história é diferente mas não a faz menos envolvente, pelo contrário.

Outro aspecto sobre o livro que eu apreciei, e ao mesmo tempo odiei, é que este é relatado em duas partes, a parte que acompanha Eragon, que já era o que acontecia no 1º livro, e temos a parte que acompanha Roran, primo de Eragon. Porque gostei? É muito útil, visto que ambos estão a gerar grandes acontecimentos, o facto de sair um capítulo da parte de um, e depois outro capítulo da parte do outro é quase como se estivéssemos a ler duas histórias diferentes. Porque não gostei? É frustrante uma pessoa estar embrenhada nos acontecimentos à volta de Eragon, ou de Roran, e eles “cortam” ali a história para passar para os acontecimentos que envolvem o outro primo.

Como já mencionei anteriormente, esta saga levanta muitas questões em relação à história. Neste livro algumas são respondidas e outras tantas são levantadas.

Vamos às partes que achei mais emocionantes (positivamente e negativamente).
-Existe um Cavaleiro e o seu dragão ainda vivos!! Fiquei muito espantada, não me tinha apercebido de algo que indicasse isto.
– Aria é filha da rainha dos Elfos. Já tinha desconfiado que ela não era uma banal Elfa, mas mesmo assim foi emocionante.
-Eragon no 1º livro fica com uma ferida muito má, neste segundo livro é muito doloroso ver o sofrimento dele e o agravamento do seu estado, visto que ele sofre de fortes dores quando tenta fazer esforço, sendo que no fim o mais pequeno esforço pode despertar uma onda de dor. É mesmo desanimador e angustiante.

-A Agaetí Blödhren, e toda a mudança temporária e permanente que esta provoca. (:D não vou dizer o que é).
-A deslocação de toda a aldeia de Carvahall, tudo por causa de Roran, da sua vontade e força. Brutal, convencer uma aldeia inteira a deslocar-se do local a que sempre chamaram lar, deixando tudo para trás, foi muito bem construído.

-A descoberta de que afinal os Gémeos e Murtagh não estavam mortos, mas que os Gémeos sempre conspiraram contra os Varden (o que para mim não foi muito surpreendente visto que eu já não gostava deles). Mas acima disso que Murtagh conseguiu que um dos últimos ovos de dragão chocasse para ele, e que estes conseguiam ser mais fortes que Eragon, apesar de todo o treino deste.

-Mas o que foi o auge dos auges, foi quando Eragon descobre que é irmão de Murtagh, filho do Renegado Morzan. Eu fiquei escandalizada, não tinha a menor ideia que poderia vir uma revelação deste género. Eragon ficou bastante destroçado, e eu fiquei estupefacta, só pensava que tinha que haver um jeito de isso não ser verdade.

O que espero em relação ao próximo livro? Bem, eu já o li, 🙂 então eu já sei o que acontece, mas eu vou reler para fazer o post sobre ele. O que eu ansiei por saber neste livro foi como seria a relação entre Eragon e o primo, visto que havia uma certa ideia na cabeça de Roran de que o pai morreu por causa de Eragon. Estava com muito receio da amada de Roran (que no 2º livro foi sequestrada pelos Ra’zac), explicando, eu tenho sérias dúvidas de que ela e o pai não tenham sido vistos pelo Galbatorix e que este tenha feito algo a eles que Eragon e os Varden não tenham detectado e que possa levar ao fracasso dos Varden.

E pronto, tem muitas mais coisas, como a personagem Angela ou a menina que Eragon abençoou no 1º livro, mas penso que as principais estão aí.

Então gente, não deixem de ler, a história está brutal, as descrições ainda mais. Não dá para deixar de referir a visita de Eragon a Ellesméra, terra dos Elfos, a descrição está lindíssima, conseguimos imaginar perfeitamente, além de conseguirmos sentir a adoração e maravilhamento de Eragon pela beleza do local.

Beijos e abraços e

“Atra esterní ono thelduin Mor’ranr lífa unin hjarta onr Un du evarínya ono varda”